O Fracasso.


Vou começar esse post dizendo que o que Dona Preguicinha tem feito menos é descansar. Por sinal a casa está uma zona, tudo de pernas pro ar, mas sinceramente parei de me estressar por isso. Quando dá um tempinho eu dou uma limpadinha aqui e uma arrumadinha ali e ponto. Me conformei que sou um fracasso como senhora do lar. Espero ter dinheiro para pagar uma empregada quando eu tiver filhos, se não... coitados! Falando em fracasso, eu quero dizer finalmente que FRACASSEI. Não me assusta mais dizer isso, nem me inibo de fazê-lo, pois o fracasso me trouxe até aqui e eu estou amando esse caminho, essa estrada que peguei. Fracassei como atriz, percebi que minha vocação não era exatamente essa, embora eu continue amando o palco e todo o processo que se leva até pisar nele. Ensaios, construção de personagens, cenas, figurinos, cenários, estudar texto, tudo isso continua me fascinado muito (garanto que meus olhos brilham quando falo nisso), mas não... não quero trabalhar como atriz. Quando saí da Cia Catarse, desiludida com a profissão, enojada com o meio teatral, decepcionada com a vida de atriz, não imaginei que esse fracasso pudesse me fazer tão bem. A vontade que eu tenho hoje é de sair pela rua gritando e pulando, eufórica, feliz: EU FRACASSEI! EU FRACASSEI! CHEGA! NÃO QUERO MAIS FINGIR QUE SOU UMA PESSOA DE SUCESSO! EU FRACASSEI! Que alívio me dá! Assumir seus fracassos não é fácil, mas eu recomendo como uma forma libertadora de se reconhecer: Sou bem melhor fracassada. Me despeço então da máscara do sucesso... Para que ele, o sucesso, possa me encontrar pessoalmente, ao vivo, cara a cara, um dia. Enquanto isso, vou trabalhar muito, terminar minha monografia, meu estágio, concluir a jornada, dar o melhor de mim nas oficinas, nos atendimentos com Reiki, vou ser quem sou, quer gostem de mim ou não, quer queiram saber ou não. Eu hoje sou mais forte, porque meus fracassos me fizeram assim..
Beijos e Fui.

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